Fuzuê da “bexiga”
“Bexiguento” era como se chamava o sujeito que tinha varíola, uma doença que já matou muita gente nesse mundo. O doente ficava com o corpo cheio de bolhas escuras, parecidas com bexigas e quando a doença avançava muito, podia ficar cego e até morrer.
O povo daqui tinha muito medo de pegar a “bexiga” e mais ainda de tomar a “vacina” que existia naquela época.
Virava e mexia acontecia um cortejo arrepiante na cidade. Era assim, um cirurgião barbeiro andava pelas ruas de Jacareí arranhando os braços de quem não tinha a moléstia.
Depois disso, os escravos doentes eram obrigados a colocar pus em cima dos arranhados. Dessa forma o povo ficava imune à “bexiga”, na marra.
Mas ninguém acreditava que o pus de um “bexiguento” pudesse mesmo impedir a doença e todo mundo corria pra se esconder no mato ou dentro de casa.
Foi preciso que o governador desse uma ordem para a polícia caçar e levar os fujões pra a cadeia. Lá, as pessoas eram vacinadas à força, pagavam uma multa e só depois é que podiam voltar pra casa.
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